terça-feira, 6 de novembro de 2012

O joelho do Corredor


Bom dia pessoal! Hoje vamos falar de uma condição que atormenta todos nós corredores: O joelho do corredor. Condromalacia da Patela ou Patelar (também conhecida como CMP síndrome da dor patelo-femoral, ou joelho de corredor) é uma condição degenerativa da cartilagem da superfície posterior da rótula, ou patela.
Ela produz desconforto ou uma dor incômoda em torno ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, remadores, tenistas e corredores. Essa condição pode resultar de uma lesão aguda da patela ou mesmo da fricção crônica entre a patela e a ranhura do fémur, através do qual ela passa, durante o movimento do joelho.
A condromalácia patelar refere-se especificamente a um joelho que foi estruturalmente danificado, ao passo que, o termo mais genérico síndrome patelo-femoral refere-se às fases iniciais da doença, em que os sintomas podem ainda ser completamente reversíveis.
Segundo a classificação, existem 4 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem, segundo, Outerbridge (1961).
1) Amolecimento da cartilagem e edemas;
2) Fragmentação de cartilagem ou fissuras;
3) Fragmentação ou fissuras;
4) Erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral*


Os sintomas podem ser diversos como dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, prejudicando muitas vezes a prática de atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela ocorrem principalmente quando o joelho é flexionado. Há presença de dor ao permanecer com o joelho flexionado por um longo período, mesmo sem estar forçando, sendo este é um sintoma comum neste tipo de condição, além disso, há crepitação e estalos, muitas vezes audíveis, sendo possível também, a presença de derrame intra-articular (edema).
A causa exata ainda é desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida. Mas o fator mais comum é o trauma, seja ele crônico por fricção, crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur, em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, exercícios em step, agachamentos ou leg press, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por qualquer trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre algum objeto, e ainda por uma lesão aguda da cartilagem fêmoro-patelar, com impedimento da nutrição ideal da estrutura devido às rachaduras originadas.
As anomalias biomecânicas, como a super pronação dos pés, também podem resultar em incongruência entre a direção em que a patela é puxada pelo músculo do quadríceps e o formato do sulco patelo-femural por onde ela se desloca.
O tratamento deverá ser prolongado com indicação médica ou de um Fisioterapeuta por um período superior ao do fim das queixas. Caso se trate de uma doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor.
O fortalecimento do quadríceps é primordial, sendo necessário recuperar também a potência do membro inferior, trabalhando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar.
Bom, é isso!! Espero que tenha ajudado vocês a terem uma noção mais clara sobre o assunto... Dúvidas e sugestões, mande me um email ou deixe as abaixo.
Obrigado!
JB
*CDA - Centro de Diagnósticos Avançados
Fontes: sciencedaily.com e wikipédia.

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