Um
novo medicamento pode ajudar a perder peso e ainda mantê-lo por um período
maior. A droga, descrita na revista Cell Metabolism em 26 de julho, aumenta a
sensibilidade do corpo ao hormônio leptina, um inibidor de apetite natural
encontrado no corpo. Embora, a droga nova foi testada apenas em camundongos, os
resultados têm implicações para o desenvolvimento de novos tratamentos para a
obesidade em seres humanos.
"Ao sensibilizar o corpo
para que ocorra naturalmente o aumento endógeno da leptina, a nova droga não só
pode promover a perda de peso, mas também ajudar a mantê-lo", segundo o autor
principal do estudo George Kunos, do Instituto Nacional de Abuso do Álcool e
Alcoolismo. "Esta descoberta é um bom sinal para o desenvolvimento de uma
nova classe de compostos para o tratamento da obesidade e suas conseqüências
metabólicas."
Embora a leptina seja um inibidor
de apetite, suplementos da mesma, não têm sido eficazes na redução do peso
corporal nos seres humanos. Acredita-se que isso seja por causa da perda de
sensibilidade do corpo ao hormônio, a leptina ainda está presente, mas nosso organismo
não pode mais responder a ela.
Enquanto a ocorrência dessa perda
de sensibilidade não é totalmente esclarecida, os receptores de canabinóides,
que medem as sensações de fome produzidas pela maconha ou pelos canabinóides naturais
no organismo, são considerados a serem envolvidos.
Assim, o bloqueio destes
receptores, ao invés de proporcionar o excesso de leptina, poderia ser mais
eficaz, em longo prazo, na perda de peso. Sabendo que o uso da maconha provoca
a chamada larica, os cientistas desenvolveram drogas anti-obesidade que é o
tipo alvo do receptor canabinóide 1 (CB1R). Uma droga chamada CB1R-binding, o Rimonabant
que era vendido na Europa desde 2006, mas foi retirado do mercado alguns anos
mais tarde, devido a sérios efeitos colaterais psiquiátricos, incluindo
ansiedade, depressão e até mesmo pensamentos suicidas.
Para minimizar esses efeitos
colaterais, Kunos e sua equipe já desenvolveram uma outra droga CB1R-targeting,
que não entra no cérebro tão facilmente como o Rimonabanto. No entanto, a droga
não foi tão eficaz na redução do peso e na melhoria da saúde metabólica, possivelmente
devido ao seu modo de ação específico. No novo estudo, Kunos testou um novo
composto, JD5037, que tem como alvo CB1R sem penetrar o cérebro. JD5037
diminuiu o apetite dos ratos obesos, provocou perda de peso, e até melhorou a
saúde metabólica, em parte por ratos, para o hormônio do apetite, a leptina. E
o Importante, os ratinhos não mostraram sinais de ansiedade ou outros efeitos
colaterais comportamentais.
"A obesidade é um problema
crescente na saúde pública, e há uma forte necessidade de novos estudos e tipos
de medicamentos para tratar a obesidade e suas sérias complicações metabólicas,
incluindo diabetes e doença do fígado gorduroso", diz Kunos.
Vamos ficando por aqui pessoal,
maiores informações busque um médico ou pesquisas que possam abrir mais um
pouco os seus horizontes.
Jorge Brito by sciencedaily.com